sexta-feira, 18 de março de 2011
domingo, 6 de março de 2011
Canção de Remar
Doce peso
desta sonolência,
leve cadência
de amor e desprezo.
Lua mansa,
pedaço perdido
do anel partido
de alguma esperança.
Grande estrela
toda desfolhada
na água parada
para recebê-la.
Noite fria,
sem desejo humano.
Brisa no oceano
Da melancolia.
Rosto sério
das ondas do mundo.
Bóiam no fundo
ramos de mistério.
( Doce peso
desta sonolência...
leve cadência
de amor e desprezo...)
Cecília Meireles
As meninas
Arabela abria a janela. Carolina erguia a cortina. E Maria olhava e sorria: "Bom dia!" Arabela foi sempre a mais bela. Carolina a mais sábia menina. E Maria Apenas sorria: "Bom dia!" Pensaremos em cada menina que vivia naquela janela; uma que se chamava Arabela, outra que se chamou Carolina. Mas a nossa profunda saudade é Maria, Maria, Maria, que dizia com voz de amizade: "Bom dia!" (Cecília Meireles) |
sábado, 5 de março de 2011
Duas borboletas
passaram sobre o arroio
flecharam para o firmamento
e repousaram sobre um raio de luz;
Depois partiram as duas
por cima de um mar reluzente,
ainda que porto algum até hoje
haja mencionado a chegada.
Se falou com elas uma ave distante,
se no mar etéreo encontraram
uma fragata ou um cargueiro,
EMILY dickson
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